“Tito tem paralisia
cerebral”. Esta é a frase que dá início a bela e vertiginosa caminhada de seu
filho. Nela o escritor Mainardi evoca os fatos que marcaram o nascimento e a
infância de seu primogênito, para tecer uma teia que enreda sua história
familiar e a da literatura, da arte e das idéias.
.... A paralisia
cerebral de Tito tem o efeito de desencadear um movimento que conduz o leitor à
Veneza renascentista, ao campo de extermínio de Auschwitz, ao purgatório Dante
Alighieri, as garagens de Ipanema, às comédias de Abott e Costello. A cada
passo cambaleante de Tito , desiquilibrava-se também a vaidade humana – vaidade
que alimenta de sermos o centro do universo.
Em A Queda, Diogo
Mainardi espanta e emociona ao revelar o quanto aprendeu com seu filho, e,
generosamente, nos dá a chance de fazer o mesmo ...... (texto da orelha do
livro A Queda): “Meu filho nunca se interessou por trens elétricos. Mas ele tem
um grande botão vermelho conectado a mim. Ele me liga e desliga quando quer. E
me faz mudar de trilho, soltar fumaça, apitar.” (DM)
Diego Mainardi é
crítico e não tem meias palavras (as palavras são realmente inteiras). E lendo
A Queda, texto lindo e intenso, me fez admira-lo muito mais.
E o melhor, me
apaixonei por TITO.
Obrigado Diogo.
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