MINHA PEQUENA GRANDE HISTÓRIA - #9

"Meu nome é Madalena, mas podem me chamar de Madá, tenho 40 anos, meço 1,24 e tenho um filho de 13 anos com 1,75 de altura mais ou menos. Sou a única pessoa da família comnanismo. Minha história é simples, mas gostaria de contar a vocês o que para mim é um presente de Deus, meu filho Hemanoel Thales. Muitos médicos diziam que eu não deveria engravidar, pois possivelmente eu não conseguiria manter a gravidez até o final, e sinceramente eu também não queria ter filho, mas Deus escreve certo por linhas tortas como diz o ditado popular. 

Em 1996 conheci um rapaz e namoramos por 9 meses, dai eu engravidei sem planejamento algum e pra minha surpresa tive um menino lindo com 53 cm e quase 4 quilos, eu era a menor mãe com o maior bebê na maternidade naquele momento. Thales nasceu perfeito, lindo e hoje é minha maior e melhor alegria, meu companheiro inseparável, meu amigo. Moramos sozinhos e ele me ajuda demais em todos os serviços domésticos, tenho orgulho de ser mãe e der ser mãe de um menino tão especial quanto ele.

Hoje tenho dois empregos, sou recepcionista em uma multinacional já há 11 anos e também servidora pública municipal, concursada já há 2 anos e faço faculdade. Faço Serviço Social e desenvolvo anualmente por ocasião do natal, e em parceria com todos os meus bons amigos, oNatal Solidário com distribuição de brinquedos para crianças carentes de minha cidade. A cada ano vamos a uma comunidade diferente fazer a alegria da criançada. Sou grata a Deus pela família que tenho e pelas oportunidades que ele me deu. Não sou casada mas tenho um amor, alguém especial que me completa, que me faz feliz.

Muitos são os preconceitos que enfrentei nesta vida por ser uma pessoa fisicamente diferente, mas graças ao apoio de meus pais e familiares que sempre me trataram com igualdade e me incentivaram a lutar sempre por tudo que eu desejasse. Foi difícil conseguir emprego, mas hoje, graças a perseverança e ao apoio daqueles que me são especiais posso me considerar uma pessoa feliz e vencedora. Sou da opinião que o maior preconceito que possa existir contra nós anões, é o que começa em nós mesmos, porque essa atrofia a mente e limita o corpo a nada.

Nunca desista de si mesmo e do que você deseja de melhor para sua vida, pois é o que te faz diferente que te torna incomparavelmente especial.

Essa é minha história."

(fonte: Nanismo em Foco)

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