Mônica Ribeiro dos Santos tem 27 anos e
trabalha como auxiliar administrativa em uma empresa de produtos
hospitalares. Perdeu a mãe ainda criança e foi criada com a ajuda da
irmã Jaqueline. Trabalha, estuda, ajuda nas tarefas de casa, adora ver
novela. Na infância, ajudava a cuidar da sobrinha deficiente visual. Uma
rotina comum, mas que se torna extraordinária ao levar-se em conta que
Mônica tem síndrome de Down.
Mais do que um desejo dela e da família,
independência foi uma necessidade. Para continuar estudando e
trabalhando, Mônica encara três conduções lotadas para ir de casa, no
Capão Redondo, para a Adid (Associação para o Desenvolvimento Integral
do Down), no Brooklin, e depois para o trabalho, no Socorro. “Foi um
sacrifício deixá-la ir sozinha, mas era importante”, conta Jaqueline.
Mônica já se perdeu. “Peguei a condução
errada e pedi ajuda ao cobrador. Voltei ao ponto final e peguei o ônibus
certo”, explica. Com a prática, passou o medo de errar.
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