Diário de bordo... Segundo dia

Castelo de São Jorge, Lisboa
Como toda a mulher não poderia faltar no nosso assunto o consumo feminino. Assim, aproveitamos o fim da tarde para ver “as modas” e as liquidações no shopping. Não é muito simples fazer escolhas para quem é cadeirante, Marina esclarece que as calças precisam sempre ter uma abertura na parte de baixo, para a realização da retirada de urina, que o melhor modelo deve sempre ter stretch, cintura alta, boca larga para facilitar a colocação e retirada, sem zíper e botões, nada simples ! As blusas e camisas, nós achamos com ótimo preço, tecidos que não amassem já que o cadeirante fica muito tempo sentado (botões abrem, os tecidos leves podem rasgar e etc.) e que facilitem as manobras.


Sapatos, meio caros por aqui, no dia a dia, não são usados, mas são necessários e complementam a roupa. Em um evento social, sapatos de salto alto ou baixo é sempre um problema. O tênis é o mais indicado, protegem os pés nas manobras e fixam melhor no apoio.


Dezoito horas, momento da paradinha gastronômica. Sem dúvidas, os pastéis de nata, foram deliciosos! E ao pagarmos a conta, lembramos de um acessório indispensável a todas nós, a bolsa! Marina, disse que o ideal é serem grandes e totalmente fechadas para evitar que coisas caiam pelo caminho (vamos combinar que para carregar bolsa grande, não precisamos de motivo!), e que devem ter alças grandes para cruzar no ombro. Com todo o bom humor que lhe é peculiar, Marina se lembra do uso do cateter e a possibilidade de existir uma bolsa para o mesmo, diz não ter sugestão, mas que seria interessante que combinasse com a bolsa social. Bolsas não me encantaram por aqui.


O dia não acabou! Ainda vamos jantar e assistir a um bom fado!

Até!

Alice.


escrito por Tânia Katia Werneck Gama a partir de experiência real

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